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Diário da Pandemia – 62º dia de confinamento:

Mai 19, 2020
Depois de muito tempo (acredito que vários meses), consegui saborear uma comida que gosto por demais: a famosa sopa de agnoline. Em relação a ela, sou um tanto quanto exigente, pois só aprecio a preparada com carne de gado. Assim, sorvi duas generosas cumbucas na padaria do meu amigo Geder. Não sei vocês, mas eu sou um tanto “chato” com a alimentação, muito fruto de meu sempre sensível estômago.
 
Pretendo, agora, tratar um pouco da relação humano x animal, mas sob um ângulo diferente. Não quero abordar o simples relacionamento que o homem tem com os animais domésticos, por exemplo. Minha intenção é ir adiante e falar, principalmente, do nosso comportamento diferenciado em relação aos bens naturais.
 
Em meu emprego anterior de professor universitário, costumava analisar com meus alunos iniciantes um texto que considero espetacular: “Carta do cacique Seathl a Franklin Pierce”, escrita em 1855.
 
A carta, como o próprio título traz, foi escrita por um chefe índio pele-vermelha ao presidente dos Estados Unidos na época. Em pouco mais de duas páginas, o indígena faz um comparativo interessante de como tratamos a natureza em contraponto a como os animais a tratam.
 
Depois de uma rica argumentação, o chefe traça um panorama sombrio para o “nosso” futuro: “O homem branco também vai desaparecer, talvez mais depressa do que as outras raças. Continua poluindo a tua própria cama, e hás de morrer uma noite, sufocado nos teus próprios dejetos! Depois de abatido o último bisão e domados todos os cavalos silvestres, quando as matas misteriosas federem à gente, e quando as colinas escarpadas se encherem de fios que falam – onde ficarão então os sertões? Terão acabado. E as águias? Terão ido embora.
 
Restará dar adeus à andorinha da torre e à caça, o fim da vida e o começo da luta para sobreviver.” Alguma correlação com o momento pandêmico que vivemos???
 
Somos, enfim, a raça que mais polui a água, mais desmata as florestas, mais destrói os bens naturais... Enquanto os animais, de um modo geral, servem-se da natureza para sobreviver, nós a exploramos em nome do chamado “progresso” ou das “necessidades vitais”. Então, resta apelar aos conscientes para que façam sua parte em preservar o que ainda é possível. O futuro, afinal, tanto para o bem quanto para o mal, está unicamente em nossas mãos e ações!
 
Boa noite a todos!
 

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