Textos para diversão e reflexão! Blog em que você vai acompanhar a minha rotina desde o início da quarentena da pandemia do Coronavírus (Covid 19).
Minhas queridas cuidadoras! (relato de experiência vivida)
Num belo dia, do nada, sofri um grande baque na minha vida: levei um tombo e quebrei o fêmur. Eu era uma pessoa muito ativa, viajava muito e estava sempre de bem com a vida. Agora continuo de bem, pois sei que, um dia, acordarei de manhã e tudo já terá passado. Neste momento, então, quero elogiar minhas cuidadoras, que se misturaram à minha vida.
Uma delas é a Rosi, que passa comigo a tarde, mãe de três filhos (duas meninas e um menino). Ela é um amor de gente, mas quer me “sufocar” a cada passo: “esta roupa não está bem!”, diz ela a todo momento. E isso é difícil para uma pessoa como eu, que sempre foi rebelde. Depois que ela vai embora, tenho saudades dela, mas, ao mesmo tempo, tenho vontade de “mordê-la”. Vai entender...
A segunda cuidadora, a Mira, é identificada com minha mãe, que morreu quando eu tinha seis anos de idade. À noite, ela me cobre com as cobertas. Enfim, conheço ela desde sempre e a considero um amor de pessoa. Também provoca muitas saudades.
Já a terceira diz que é cuidadora que cuida só de doentes. Como esqueço o nome dela, ficou com o apelido de “gordinha”.
A quarta, por sua vez, tem uma cachorrinha preta muito bonita, que é pura sabedoria. Não sei o nome dela, mas sei que ela é a mais respeitosa entre todas.
Por fim, a quinta, Rosenilda (que prefere ser chamada de Rose) é como se fosse minha irmã. Ela gosta muito do dolce far niente e de comer bolacha com café. Eu não comia quase nada que as minhas amigas me traziam, mas ela devorava.
Enfim, essas são as pessoas que estão cuidando de mim e a quem eu sou muito grata pela dedicação e carinho, além da amizade que desenvolvemos!
* texto de autoria de Antonietta C. Longhi, aposentada, residente em São Miguel do Oeste (SC)