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Diário da Pandemia – 30º dia de confinamento:

Abril 17, 2020
Quem diria que 30 dias passariam tão rápido... Isso mesmo: hoje, comemoramos um mês do dito confinamento. Nesse período, poucas coisas de relevante aconteceram (pelo menos em minha vida); precisamos nos adaptar a uma rotina diferente e, a partir dai, reprogramar nosso cotidiano, ficando em uma “semiliberdade” em nossas casas.
 
O visual urbano, nos últimos dias, mudou em Xanxerê. Basta uma rápida circulada pela cidade para ver que um novo modismo tomou conta das pessoas. Trata-se do uso de máscaras, seguindo recomendações das autoridades sanitárias.
 
Você já usou sua máscara hoje? Por onde você ande, verá muitas pessoas “mascaradas”, no sentido literal do termo. Eu vou logo encomendar uma do Homem-Aranha, meu herói preferido desde a infância. Será que tem?
 
“Máscaras” é um assunto muito interessante para abordar. Considerando que vivemos em uma sociedade que nos “obriga” (em grande medida) a termos certos comportamentos, precisaríamos utilizar diferentes “máscaras” ao longo da vida. Que “atire a primeira pedra” quem nunca utilizou alguma máscara social!
 
Uma amiga, certa feita, recomendou-me que eu deveria usar uma máscara de “paisagem” no meu trabalho – aquele artifício de rir “feito bobo” e afirmar (mesmo que contrário aos seus princípios) que tudo “está bem”, “perfeito”, “tranquilo”, “sob controle” e assim por diante.
 
Pois bem, nunca consegui usar essas máscaras; acho que de nenhum tipo. Autêntico ao extremo, prefiro mostrar sempre quem eu sou. Se estou feliz, assim me comporto; se estou triste, também assim me mostro.
 
Considero hipócrita o sujeito que tem a pretensa capacidade de “fingir” estados emocionais que não correspondem ao seu momento. É claro que, por causa dessa autenticidade, muitas e muitas vezes fui mal interpretado. Havia quem, no meu passado, dizia que eu deveria fingir mais para deixar as pessoas felizes. Quanta idiotice, diria o Prates!
 
Penso, e ninguém irá mudar isso de mim, que num mundo cada vez mais guiado por falsidades das mais diversas ordens, precisamos valorizar o autêntico, o genuíno, o verdadeiro. Aliado, é claro, a atividades concretas que revelem isso. Em outras palavras, se digo ser honesto, preciso provar com ações claras, e não vestindo uma máscara de “honestidade”. Se sou íntegro, não é a máscara da integridade que vai provar isso...
 
Sem mais delongas, o livro de hoje é “Vidas secas” (Graciliano Ramos). Nesse romance, o grande mestre retrata a vida miserável de uma família de retirantes sertanejos obrigada a se deslocar, de tempos em tempos, para áreas menos castigadas pela seca. O “estilo seco” do autor, que se expressa principalmente por meio do uso econômico de adjetivos, parece transmitir a aridez do ambiente e seus efeitos sobre as pessoas que participam tanto da obra quanto de sua leitura.
 
Boa noite a todos!
 

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