banner topo 3dw

Diário da Pandemia – 29º dia de confinamento:

Abril 16, 2020
Novamente experienciei como é ser um cidadão norte-americano comum. Vontade de café e bolo, comprei-os na padaria e fui degustá-los na “proteção” do meu carro. O que para os “ianques” parece ser muito comum, para nós é uma atividade totalmente insólita. Até comentei com o caixa do estabelecimento se já haviam passado por situação semelhante. Nunca; novidade para todos nós.
 
Um diário precisa ter uma temática específica? Penso que, no meu caso, não. Os temas afloram às vezes conforme o “bom” ou “mau” humor do dia; outras vezes, são reminiscências de tempos passados e antigos (infância, principalmente); outros momentos, reflexões atuais, pontuais, que podem causar constrangimentos ou benfazejos, dependendo da ótica de quem os lê...
 
Dito isso, quero novamente contar de um sonho, muito legal, ocorrido na noite passada. Novamente, não sei precisar a hora, mas se é verdade o que dizem os “interpretadores”, devo ter sorrido de alegria no momento em que ele ocorreu.
 
Dessa vez, havia três personagens: eu (na idade atual), minha filha (com seus sete anos) e meu irmão mais velho, João Guilherme (aparentando estar na casa dos 20 anos). Estávamos todos em uma residência rural, rústica, felizes. De repente, minha filha pediu se eu permitia que meu mano a levasse passear com minha moto – era a primeira moto que tive, uma CG branca, naquela época zero km.
 
Assenti, e os dois foram, então, passear, sorridentes, com a moto.
 
Não sei o porquê de estarmos em diferentes planos temporais no sonho: minha filha e meu irmão mais jovens, e eu com a idade atual. Como já disse em outro momento, nunca fui bom em interpretar sonhos. O que valeu foi a felicidade estampada em nós três naquele momento que considero mágico.
 
Esse meu irmão, tragicamente falecido na jovialidade dos 38 anos, já há 24 anos, era uma espécie de protetor e herói para mim. Lembro que, quando me metia em alguma enrascada, era ele quem me salvava. Se meninos mais velhos, mais altos e mais fortes que eu me perseguissem, lá estava ele para me socorrer.
 
Como bom motoqueiro que era, com frequência me levava passear em sua moto. Tínhamos, portanto, um relacionamento muito legal e salutar. Enfim, sentia ele como um grande amigo do qual podia contar em todas as horas. Fazia muito tempo que não lembrava da figura dele.
 
Sobre livros, sempre gosto de indicar as leituras que me marcaram de alguma forma. Hoje, mais uma boa indicação: “O cortiço” (Aluísio de Azevedo), obra clássica da literatura tupiniquim. O livro basicamente narra a saga do personagem João Romão rumo ao enriquecimento. Sendo dono do cortiço (palco das aventuras da obra), duma taverna e de uma pedreira, ele entende que não basta ganhar dinheiro: é necessário também ostentar uma posição social reconhecida. No cortiço, vivem moradores de menor ambição financeira, mas que giram em torno do personagem principal e sua amante (Bertoleza). Leitura descontraída e instigante.
 
Boa noite a todos!
 

Adicionar comentário

Código de segurança
Atualizar

logo

Textos para diversão e reflexão! Blog em que você vai acompanhar a minha rotina desde o início da quarentena da pandemia do Coronavírus (Covid 19).

Nossos contatos:

Xanxerê (SC)
suporte@diariodapandemia.com.br

(49) 9 9941-7007

Visitantes:

186651
HojeHoje128
OntemOntem191
SemanaSemana131
MêsMês3915
TodasTodas186651