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Diário da Pandemia – 23º dia de confinamento:

Abril 10, 2020
Amanheci muito indisposto. Na noite anterior, degustei uma pizza indigesta. Resultado: péssima madrugada, com poucos intervalos de sono verdadeiro. Muito mal-estar e muita dispepsia.
Assim, passei boa parte do dia de hoje estirado na cama, tentando recuperar-me e “matutando” sobre o Coronavírus. Para falar a verdade, não sei vocês, mas eu já estou de “saco cheio” com esse vírus. Já que a vacina curadora ainda parece distante, por que ele não resolve sumir de vez? Difícil responder isso agora...
 
Além disso, refleti muito sobre duas palavras que têm “martelado” minha mente nos últimos 23 dias. Trata-se de “desarmar-se” e “amar-se”. Na verdade, dois verbos com pronominais acompanhando-os.
 
Sobre “desarmar-se”, a reflexão não reside na acepção nata da palavra (basicamente, desprover de algum armamento), mas sim na ideia de que é necessário desarmar-se de falsos conceitos, falsas hipóteses, pré-julgamentos e pré-conceitos. Nesse sentido, nas (acredito) centenas de pessoas com quem conversei nos últimos dias, parece, em muitas delas, que é preciso estar “armado” de argumentos ferozes a todo o momento. Exemplifico: “Eu (o outro) tenho total razão sobre o que falo para você (eu)”. E, aí, entra-se num campo perigoso, no qual as ideias de um querem se sobrepor às ideias do outro na base da força, da “marra”.
 
Então, vejo que precisamos pensar nos meios-termos, respeitando as diferenças de “x” e “y”, seja nos campos político, religioso, esportivo, racial ou sexual. Necessitamos, como bem orientam o mestre Elino e a doutora Vanessa, ouvir mais, sem pré-julgamentos de que o pensamento alheio é errado, não vale nada. Às vezes, um difícil exercício esse.
 
E em relação ao “amar-se”, acredito que precisa ser a tônica de nossos relacionamentos atuais e futuros. Antes do vírus, “parecia” haver muito desamor no mundo. Agora, também “parece” haver mais amor. Mas isso será a realidade pós-pandemia? Desculpem, mas tenho minhas dúvidas. E, na dúvida, acredito que precisamos exercitar mais o sentido de humanidade, a fraternidade, a solidariedade, o respeito ao outro, entre tantos outros aspectos positivos da têmpera humana.
 
Para finalizar, uma sugestão de leitura muito legal: “Max e os felinos” (Moacyr Scliar). A obra, que trata de um jovem e seu relacionamento com alguns animais, todos a bordo de um pequeno barco após um naufrágio, foi infelizmente plagiada por um escritor indiano que criou “As aventuras de Pi”, sucesso cinematográfico de alguns anos passados.
 
Vamos com fé! Boa noite a todos!
 

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