banner topo 3dw

Diário da Pandemia – 24º dia de confinamento:

Abril 11, 2020
Resolvi, no meio da tarde, sair para caminhar um pouco. Mesmo que o personal tenha passado dezenas de vídeos para fazer exercícios em casa, não consegui seguir suas orientações. Adivinha? Isso mesmo, a monumental preguiça que me persegue desde que me conheço por gente.
 
Na rua, atmosfera bem diferente dos primeiros dias de confinamento. Muitas pessoas caminhando despreocupadamente, como se não houvesse um inimigo à espreita. Isso é bom ou ruim? Vejo pelos dois lados: bom, porque houve uma histeria inicial muito forte; ruim, porque não sabemos ainda muito bem como e quando o vírus pode nos atacar.
 
Então, hoje, como o dia foi tranquilo, pretendo falar também de coisas mais amenas.
 
De início, recordado que fui por minha cunhada Zélia (a quem sempre estimei), vou relatar um fato lá dos idos da infância. Dezenas de anos atrás. Foi mais ou menos assim: um vizinho (seu Romeo), dono de uma bicicletaria, comprou um jipe – não sei se novo ou usado. Nessa época, enquanto minha mana era amiga da filha do vizinho, eu o era dos filhos.
 
Um belo dia, jipe estacionado à porta da casa deles, a menina resolveu provocar minha irmã entoando uma canção, enquanto subia e descia do veículo: “Trepim e descim... Tu não tá no jipe! Trepim e descim... Tu não tá no jipe!”. E assim foi por vários minutos. Não sei se rimos na época, mas quando a Zélia me lembrou do fato, rimos muito agora.
 
Viajemos para uma ou duas dezenas de anos depois. Na ocasião, eu havia organizado um time de futebol suíço e promovia jogos amistosos com equipes da cidade. Num desses jogos, estávamos sofrendo para fazer gols. Nosso centroavante (Jonas), ou chutava para fora ou não recebia uma boa bola. Até que o lateral (Vilmar) lançou a bola na medida para o Jonas marcar. No mesmo momento, Vilmar gritou: “Chuta, Jonas! Nem que você faz o gol!”. Foi muito engraçado. Pior é que não lembro se o gol saiu.
 
Espero que estejam gostando das sugestões de leitura. Hoje, uma bem adequada aos dias que estamos vivendo: “O alienista” (Machado de Assis). Nesse conto, o brilhante autor brasileiro relata quando um médico retorna à sua terra-natal e resolve se dedicar aos estudos da psiquiatria. Então, constrói na cidade um manicômio para abrigar todos os loucos da cidade e região. Em pouco tempo, o local fica cheio. O alienista, percebendo que sua teoria estava errada, resolve libertar todos os internos e refazer sua teoria: como ninguém tinha uma personalidade perfeita, exceto ele próprio, o alienista conclui ser o único anormal e decide trancar-se sozinho na Casa Verde para o resto de sua vida.
 
Estes tempos também fazem aflorar paixões! Boa noite a todos!
 

Adicionar comentário

Código de segurança
Atualizar

logo

Textos para diversão e reflexão! Blog em que você vai acompanhar a minha rotina desde o início da quarentena da pandemia do Coronavírus (Covid 19).

Nossos contatos:

Xanxerê (SC)
suporte@diariodapandemia.com.br

(49) 9 9941-7007

Visitantes:

186640
HojeHoje117
OntemOntem191
SemanaSemana120
MêsMês3904
TodasTodas186640