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Diário da Pandemia – 416º, 417º e 418º dias de confinamento:

Mai 10, 2021

Outro final de semana marcado por poucas novidades. Assim, o sábado (manhã inteira), passei corrigindo trabalhos de alunos – no restante do dia, dormi um pouco e assisti a jogos na TV. O domingo, outro dia com pouca ação, foi marcado apenas por um chimarrão, à noite. Enfim, hoje, de especial, somente a academia, que, agora, “vai”! O frio, enfim, quer “dar o ar de sua graça”, mas ainda bastante tímido.

No sábado, ajeitando umas louças na cozinha, lembrei de um fato que, hoje, pretendo contar a vocês. Talvez considerem uma história triste, mas ela aconteceu de verdade. Vamos, então, ao pequeno conto “pão de ontem”.

O menino, na altura de seus nove anos, morava com os pais e mais quatro irmãos – três maiores e um menor – em uma modesta casa, em uma pequena cidade. O pai trabalhava como operário, enquanto a mãe era uma hábil costureira.

Muito pobres e humildes, passavam por dificuldades, já que o parco salário do pai, aliado aos pequenos rendimentos da mãe, mal e mal davam conta das despesas de manutenção da família. Porém, viviam felizes em sua vidinha simplória.

Algo, contudo, incomodava aquele menino. Na verdade, um acontecimento bastante banal, porém que lhe causava tristeza, e isso era uma constante. Esse fato marcaria sua vida para sempre.

Geralmente ao anoitecer, a mãe chamava o menino, entregava-lhe alguns trocados e ordenava que ele fosse à padaria, ali pertinho da casa, para comprar pães. Era tarefa somente dele, já que os maiores estavam trabalhando, e o menor fosse muito pequeno.

Caminhando devagar, absorto em seus pensamentos, o menino, então, ia até a padaria. Chegando lá, olhava, antes, furtivamente, para todos os lados, como se com medo de algo. Depois, envergonhado, pedia ao atendente, com a voz bem baixa: “tem pão de ontem?”. Recebidos e pagos os pães, retornava para casa, cabeça baixa e outros mil pensamentos na cabeça...

Como devem ter imaginado, o menino acima sou eu. Como éramos muito pobres, nosso pão sempre era “de ontem” – sim, eu tinha muita vergonha, na época, por nunca poder comprar o pão do dia. Por outro lado, tenho orgulho de, mesmo com todas as dificuldades daquele período, ter crescido com honra e honestidade, lições que aprendi com meus pais e que conduzem sempre meu caminho!

Boa noite!

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