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Ser mulher no século 21 (crônica)

Março 07, 2021

Nós, mulheres, estamos vivendo atualmente uma dupla ou tripla jornada de trabalho, costumeiramente dizendo: “trabalho fora o dia todo e ainda tenho casa, filhos, marido, entre outras atribuições”. Com isso, uma porcentagem muito alta de mulheres tenta sobreviver com antidepressivos, remédios para ansiedade, insônia e as mais variadas dores. Costumo, então, dizer para algumas: “desse jeito, podes abolir uma refeição, pois uma, pelo menos, já tens pronta, ou seja, um prato de remédios!”

Diante desse quadro, há quem pergunte: mas como viver bem numa sociedade tão estressante? Posso viver bem nesta sociedade? Digo que sim! Beirando meus 54 anos, vivi uma coletânea de avanços que a emancipação feminina trouxe, mas que não veio sozinha – vieram também alguns obstáculos para a mulher na atualidade, tais como: dificuldade de conciliar atividades da vida familiar e da vida profissional, necessidade de priorizar a atividade profissional, dificuldade de desempenhar com excelência tantos papéis (mãe, profissional, esposa, dona de casa, outros), necessidade de incorporar atitudes e caraterísticas tidas como masculinas para ser valorizada na esfera profissional (objetividade, frieza racional, dureza nas decisões)...

Na minha opinião, para superar todo esse conflito, depende quais metas, objetivos, traçamos para viver bem. Ou seja: como convivo com minhas escolhas.

Muitas vezes, basta um “mergulho” na nossa mente incrível para nos depararmos com pensamentos de punição, de vitimização, autopiedade e por aí vai, porque não consigo administrar e conviver com o que o destino me reservou. Não raro, encontramos mulheres dizendo que os seus dias são insuportáveis! Começam, então, a aparecer, no muro das lamentações, frases do tipo: não tenho tempo para mim, não consigo fazer atividades físicas, meus filhos me deixam louca, não aguento mais o companheiro! E a lista segue, quase interminável...

Volto a afirmar que é possível sermos mulheres felizes neste mundo conturbado: no momento em que nos permitirmos sentir prazer em tudo o que optamos para nossa vida. Podemos, assim, ser plenas, maravilhosas, alegres, de bem com a vida, fazendo de cada atividade, de cada compromisso, um momento mágico, de satisfação pessoal; um momento que deixa de ser um peso, um sacrifício, uma obrigação! É assim que queremos, precisamos e podemos viver...

Basta aprendermos a nos perdoar, a compreender as pessoas (mesmo as imperdoáveis), a nos permitir chorar, sorrir, errar, acertar, ter certeza, se enganar, a dar menos importância a coisas e pessoas que não mudam nossa vida. Se nos privarmos ou nos escondermos nos problemas, não estaremos deixando de sofrer, mas estaremos deixando de viver! A minha realização e felicidade sou eu quem faço!

Como diz o nosso saudoso Içami Tiba, “mulher é polvo, consegue fazer várias coisas ao mesmo tempo”. Então, usemos nossos vários tentáculos para dar conta de tudo o que temos para fazer com paixão, espalhando para o mundo o que temos de melhor!

Feliz Dia da Mulher a todas!

* texto de autoria de Vanda Rita Cerezer Manica, professora estadual que reside em Descanso (SC)

Comentários  

0 #1 Marlene G.Coletto 08-03-2021 16:07
Parabéns!
Gostei
teu texto é muito bom.
Retrata a nossa realidade.
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