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Diário da Pandemia – 50º dia de confinamento:

Mai 07, 2020
O dia foi tranquilo – aparentemente, como vou explicar logo à frente. Acordei tarde, ainda no torpor do desânimo de ontem, e, com isso, a manhã foi verdadeiramente imprestável. Logo à tarde, reunião com a direção de educação da região (muito “ão”!), para alinhavar alguns processos. Chato haver ainda quem na minha área acha que o professor faz pouco; assim, pensa-se logo em passar mais tarefas para ele. Parece que as atividades on-line para os alunos, que planejamos com muito zelo (e também precisamos corrigir depois), são “fichinha”, “coisa pouca”. Lembrem que também somos humanos, de carne, osso e fragilidades!
 
Finalizei o dia decepcionado com a dita raça humana (não que antes já não estivesse...). Uma rápida ida ao mercado fortaleceu isso. Estabelecimento abarrotado de gente, uns literalmente tropeçando nos outros. Nenhum controle em relação à quantidade de pessoas lá dentro. Parece que, usando as ditas máscaras, somos imunes a qualquer vírus do universo!
 
Ao caixa, reclamei (como se resolvesse alguma coisa...). Isso só prova que as pessoas parecem “pedir” para acontecer as tragédias, com ou sem pandemia. Ontem ainda, saiu uma espécie de lei municipal que vai multar, em 10 mil reais (uma fortuna, se fosse comigo), quem for pego promovendo festas ou aglomerações. Mas, e aí, pergunto: como racionalizar as filas em um banco como a CEF, com centenas de pessoas próximas umas das outras, a fim de obter o benefício governamental?
 
Quero, então, refletir que, mesmo estando numa “certa” zona de conforto, com poucos casos diagnosticados do Coronavírus, precisamos manter os cuidados a todo o momento. Ninguém, absolutamente ninguém, está ileso, imune. Qualquer um pode ser contaminado e alastrar para muitos outros. E não é só dever das autoridades promoverem os cuidados – cabe a cada um de nós, individualmente.
 
“Incidente em Antares” (Érico Veríssimo) é a sugestão literária do dia. Pai do genial Luiz Fernando, Érico, em um de seus últimos livros, tem nessa obra um forte tom político. A história se passa em uma pequena cidade do Rio Grande do Sul, tão diminuta que nem consta no mapa, Antares. Com uma linguagem irônica, perpassada de humor e, ao mesmo tempo, de crítica social, o autor faz uma análise da sociedade de Antares em uma comparação à própria sociedade brasileira.
 
Boa noite a todos!
 

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