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Diário da Pandemia – 47º dia de confinamento:

Mai 04, 2020
Há muitas e muitas maneiras de sair da monotonia imposta pelos novos tempos. Para mim, devido às limitações que o confinamento traz, sair do monótono equivale às poucas e rápidas “escapadas” de casa. Hoje, por exemplo, fui a mais uma sessão de fisioterapia, para o tratamento da “perna problemática”.
 
Além disso, seria mais um dia absolutamente normal, caso não fosse a ponta de “inveja” que tomou conta de mim. E a culpada é a “dona” Adriana Caregnato! Por quê? Simplesmente porque ela publicou em seu Face uma crônica perfeita, sobre os “dias sombrios” pelos quais pessoas como eu estão passando. A autora é ninguém mais, ninguém menos, do que a talentosa escritora Martha Medeiros...
 
Outro fato interessante de hoje foi a recordação do meu tempo de moradia na República dos Bixos, no longínquo 1991. Eu recém havia sido transferido, pelo BB, de São Miguel para Chapecó. Assim, residi antes um tempo com uns conhecidos, até que o Leonardo, meu grande amigo até hoje, convidou-me para morar com eles (na dita República), já que era bem próximo ao Cesec, nosso local comum de trabalho.
 
Por que República dos Bixos? Pelo simples fato de que cada morador de lá tinha um apelido “animal”. Assim, havia o raposão (Leonardo), eu (lagartixa) e mais quatro colegas, dos quais não lembro o nome, mas o apelido está na “ponta da língua”: bicho preguiça, ganso, macaco-rhesus e urso panda. Na maior camaradagem, tratávamo-nos apenas pelos apelidos, sem culpa e sem sofrer afetação por um tal de “bullying” (termo que seria criado só uns 30 anos depois). Dividíamos lanches e tarefas, numa quase perfeita comunhão, até que...
 
Bom, um certo dia, “roubaram” um pedaço de uma perna de salame que eu havia comprado. De pronto, coloquei um cartaz na porta da geladeira: “façam o favor de não roubar comida dos outros”. Logo, alguém colocou um outro cartaz: “e você, pare de roubar meus iogurtes!”. O pior é que eu não havia sido o larápio, mas ri muito do fato. Saudades daqueles tempos!
 
Dica de leitura para hoje: “Casa de pensão” (Aluísio Azevedo). Clássico brasileiro, a narrativa se baseia nas escolhas de Amâncio, um típico jovem rico do interior, vislumbrado com uma vida de vícios na capital. Moldado pelas influências da sociedade ao seu redor, encontra um trágico fim para sua jornada.
 
Boa noite a todos!
 

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