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Diário da Pandemia – 43º dia de confinamento:

Abril 30, 2020
Conversar com as pessoas faz muito bem. Ainda mais se entre você e a outra pessoa existe afinidade, seja em qualquer área for. O problema dos diálogos, nos tempos atuais, é que, “vira e mexe”, a conversa acaba girando em torno do Coronavírus. E, nesse tema, as divergências de opinião acabam também acontecendo. A principal discussão gira em torno de quanto tempo ainda teremos de conviver com o dito vírus mortal – uns dizem que mais dois meses; outros projetam até setembro; os mais céticos, afirmam que essa angústia vai até ano que vem. A verdade é que é muito difícil apostar uma data certa para o seu fim.
 
Enquanto isso, vamos vivendo; se possível, da melhor maneira. Nesse aspecto, precisamos redobrar os cuidados constantes com higienização das mãos e uso de máscaras.
“Revirando” os arquivos do passado, hoje recordei de um fato muito engraçado ocorrido lá por 1987. Na ocasião, programei uma viagem para visitar amigos no Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. Malas prontas, faltou ouvir os conselhos e um pedido especial da mãe: “traz uma jaca pra mim!”.
 
Como recusar um pedido de mãe? Difícil. Todos devem conhecer a dita jaca: uma fruta verde e grande, pesada, difícil de manusear por causa dos espinhos que possui em sua casca. Mas vamos lá...
 
Não sei bem em que local (acho que foi no Rio de Janeiro), comprei a “monstrenga”. Tinha quase o comprimento de meu braço e devia pesar uns 30 quilos, mais ou menos. Bom, eu estava de ônibus. Precisei pegar vários ônibus, na verdade, e, em cada um deles, posicionava a jaca embaixo do meu banco. De sorte que, conforme o veículo se deslocava, a jaca seguia o ritmo, batendo de um lado para o outro. Um sufoco só cuidar dela!
 
Chegando em casa (São Miguel do Oeste, na época), entreguei a jaca para a mãe. Ela ficou muito feliz, principalmente pelas dimensões da jaca, que deveria estar deliciosa... Assim, resolveu “abrir” a jaca. E a decepção foi grande: a fruta, acho que de tanto balançar e bater dentro dos ônibus, acabou estragando... Fiquei com muita raiva, pois havia tido tanto trabalho para transportar aquela “criatura” por mais de mil quilômetros...
 
Mais uma boa sugestão de leitura da nossa rica literatura nacional: “Gabriela, cravo e canela” (Jorge Amado). Nesse brilhante romance, o mestre baiano conta a história de amor, que desafia os costumes da sociedade da época, entre a sertaneja Gabriela (a morena feita de cravo e canela) e o árabe Nacib. A beleza, sensualidade, simplicidade e espontaneidade de Gabriela são capazes de despertar fascínio em todos que se aproximam dela. A história, que se passa em Ilhéus, nos idos de 1920, é rica em ciúme, traição, rompimento e reviravolta, que permeiam a paixão ardente ente Nacib e Gabriela.
 
Boa noite a todos!
 

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