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Diário da Pandemia – 41º dia de confinamento:

Abril 28, 2020
Estressei-me de diversas vezes hoje. Primeiro, a preparação das atividades on-line para os alunos está perdendo a graça (se é que um dia teve...); prefiro mil vezes lecionar ao vivo, como “antigamente”. Depois, a dispepsia voltou a atacar – e detesto tomar remédio para abrandá-la. Por fim, discussão com gerente de banco, porque uma modesta aplicação financeira “teima” em dar rendimento negativo. Enfim, dia movimentado, mas muito chato.
 
Instado que fui, por uns dois ou três leitores do Diário, nos últimos dias, preciso fazer uma explicação – não uma correção, seja bem dito. Há quem acha que eu “perdi a mão” em escrever ou os rumos do Diário perderam-se. Pois bem, nada disso aconteceu.
 
Vou, então, elucidar isso. Quando surgiu, o Diário objetivava relatar um pouco do dia a dia de confinamento – tal como se presta um diário em sua essência. Mas, com o passar do tempo, essa tarefa adquiriu sobremaneira uma “pequenez grandiosa”. Assim, o que antes era um diário, transmutou-se para uma crônica diária, ou seja, um texto leve e despretensioso que objetiva analisar e refletir sobre fatos do (meu/nosso) cotidiano.
 
Com isso, enganei ou fui infiel com meus leitores? Ao contrário, eles saíram ganhando, e muito, com textos que ultrapassam o simples narrar de fatos que abarca geralmente um “simplório” diário. Sinto-me, então, como se eu fosse o cronista de um grande jornal, responsável por escrever um texto de uma página, todos os dias, para meus leitores. Entendem?
 
Bom, hoje também vou tratar brevemente de minhas tentativas frustradas de ser um empreendedor. Assim, quando bem jovem, quase comprei uma locadora de fitas VHS – lembram, aquelas que se assistia ao filme e depois era preciso rebobinar? Ainda bem que não deu certo. Se não falisse na época, faliria agora com os Netflix da vida. Mais tarde, quis montar uma escola de recuperação, em minha área de formação. Também se frustrou o investimento na “casca”.
 
Hoje, caso fosse possível eu investir em um negócio, abriria um bar. Mas não um bar “qualquer”, e, sim, o “bar”! Primeiro, para ser cliente, você precisaria ser um literato, alguém que escrevesse nem que fossem obituários. E precisaria declamar seus escritos aos clientes, toda vez que fosse ao estabelecimento. Seria uma espécie de “bar literário”. Tenho medo só de consumir todo o estoque antes de vendê-lo...
 
Depois de dias pecando nas sugestões de leitura, hoje recomendo “O crime do padre Amaro” (Eça de Queirós). Nesse romance, o autor brilhantemente retrata a corrupção moral dos membros do clero, contrapondo os mandamentos da Igreja Católica com os comportamentos dos padres. A trama se centra, sobretudo, no romance proibido entre Amaro (padre jovem que chega a uma pequena cidade) e Amélia (filha da dona da pensão que o recebe). O amor acaba em tragédia quando ela engravida, e, depois, a moça e a criança morrem.
 
Boa noite a todos!
 

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